O peso acima do ideal interfere também no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade. Uma mulher com gordura corporal em excesso produz uma maior quantidade de estrógeno e começa a reagir como se estivesse controlando a reprodução, limitando as chances de gravidez.
Além disso, há um desequilíbrio no organismo como um todo, incluindo o processo de produção de hormônios, essenciais para o desenvolvimento de óvulos férteis.
Um dos hormônios afetados pela obesidade é a insulina, que pode levar à Síndrome do Ovário Policístico. Esse problema está associado a ciclos menstruais irregulares, diminuição ou parada da ovulação e níveis elevados de hormônios, diminuindo, dessa forma, as chances de gestação.
Como já citado, o hormônio estrógeno é prejudicado pelo excesso de gordura, fundamental para regular a ovulação. O tecido adiposo leva a uma maior produção desse hormônio.
A revista Loralei Thornburg (Universidade de Rochester – EUA) afirma que quarenta por cento das mulheres obesas são deficientes em ferro, 24% em ácido fólico e 4% em vitamina B12. Todas as vitaminas citadas são muito importantes antes da concepção do bebê, diminuindo o risco de problemas cardíacos e defeitos da coluna vertebral em recém-nascidos.
Engana-se quem acha que a obesidade prejudica apenas a fertilidade feminina, nos homens o excesso de peso altera as taxas de dois hormônios importantes, reduz o nível de testosterona e aumenta o de estradiol, o que compromete a produção de esperma. Além da obesidade prejudicar o ciclo hormonal masculino, estudos apontam que aqueles com sobrepeso têm maior índice de fragmentação do DNA do espermatozóide, o que pode gerar falha na fertilização.