Esofagomiotomia

(Correção de megaesôfago ou dilatação esofágica)

Imagem-interna-Esofagomiotomia-Luiz-de-Carli

Informações Gerais

Por que realizar?

Megaesôfago é a dilatação do esôfago provocada por uma obstrução benigna ao nível da transição entre o esôfago e o estômago. Esta obstrução, geralmente, é causada pela Doença de Chagas, mas, não raro, pode surgir sem causa conhecida. Ela se manifesta através de uma contração de um pequeno segmento da musculatura transversal do esôfago terminal junto ao cárdia – transição entre o esôfago e estômago.

Pode causar, inicialmente, uma pequena dilatação do esôfago, mas, ao longo dos anos, a dilatação pode aumentar consideravelmente. Isso deverá causar dificuldades progressivas para o paciente engolir alimentos – as dificuldades iniciais com os sólidos podem abranger, posteriormente, os alimentos pastosos, e até mesmo a obstrução de qualquer líquido. Resulta, muitas vezes, no refluxo de qualquer alimento ingerido, e poderá levar a um considerável emagrecimento ou mesmo à desnutrição e complicações pulmonares por aspiração de líquidos.

Anatomia do esôfago

Imagem-interna-esofagomiotomia-Anatomia-do-esôfago

Sobre a Cirurgia

Indicação cirúrgica

Indicada para paciente com dificuldades progressivas para engolir, conforme descrito acima.

Alguns tratamentos incluem a dilatação do segmento envolvido por endoscopia. Porém, tal recurso, é eficaz somente por três ou quatro meses. A cirurgia é a melhor solução para este problema.

A indicação de cirurgia deve ser discutida com o médico, o qual deverá avaliar os sintomas do paciente e os tratamentos usados até o momento. São necessários vários exames: endoscopia digestiva alta, esofagomanometria e PH metria.

Marcação da cirurgia

Geralmente, a cirurgia é marcada para o dia escolhido por cirurgião e paciente. São necessários exames laboratoriais e avaliação cardiológica pré-operatória para que a cirurgia ocorra com segurança.

Internação hospitalar

O paciente é internado uma hora antes da cirurgia marcada, em jejum, sem água, de, no mínimo, oito horas. O procedimento é realizado sob anestesia geral. A cirurgia varia de uma a duas horas, dependendo das condições locais e do tamanho do megaesôfago.

Geralmente, em 99% dos casos, pode ser realizada por videolaparoscopia ou robótica(melhor visualização em 3 Dimensões,maior precisão e maior  segurança).  A conversão (passagem da cirurgia de videolaparoscopia ou robótica para a convencional – aberta) é necessária em apenas 1% das vezes.

Cirurgia

São feitas cinco incisões: uma de 1 cm acima da cicatriz umbilical (por onde é colocada a câmera que oferece ao cirurgião, pelo monitor, uma visão com 20 vezes de aumento e iluminação potente), outra de 5 mm na altura da boca do estômago e outras tres de 5 e 10 mm logo abaixo das costelas à direita e esquerda respectivamente, por onde são colocadas pinças para dissecção. O abdômen é insuflado com gás carbônico para que o cirurgião possa enxergar dentro da cavidade abdominal.

Após a identificação do hiato esofágico e do local da área estenosada (apertada), é realizada a secção da musculatura esôfago-gástrica longitudinalmente ao longo de 10 cm. Dos 10 cm de extensão, 7 cm são ao longo do esôfago e 3 cm, da área gástrica. Isto permitirá a livre passagem do alimento ao estômago. Somente a musculatura pode ser seccionada; a mucosa do esôfago deve permanecer intacta. Esta é a parte mais demorada e delicada da cirurgia, justamente porque exige a secção de toda musculatura envolvida mais a preservação da mucosa.

A seguir, fecham-se os pilares diafragmáticos com pontos de sutura, calibrando a passagem do esôfago através do hiato diafragmático, para que o estômago não volte mais ao tórax.

Da mesma forma que liberamos a passagem do alimento ao estômago, pode haver o refluxo gastro-esofágico, o que causará uma série de sintomas ao paciente. Por isso, então, é liberado o fundo gástrico, de modo a formar uma nova válvula que impeça o refluxo gastro-esofágico. Cada vez que o alimento encher o estômago, haverá um ajuste na válvula gástrica impedindo o refluxo.

Ao final do procedimento, retira-se também o gás carbônico.

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-6

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-7

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-4

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-5

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-3

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-2

Imagem-interna-herniorrafia-hiatal-procedimento-1

Pós-Operatório

Após a cirurgia, o paciente fica na sala de recuperação por três a quatro horas, acompanhado diretamente de uma enfermeira. Quando acordar bem, será então liberado para o quarto.

No quarto, o paciente já terá condições de levantar e caminhar. Deve levantar bem devagar e em etapas: primeiro, elevar a cabeceira da cama, aguardar 15 minutos, sentar na cama com os pés para fora, aguardar mais 15 minutos, para, então, levantar – sempre com ajuda de alguém. Mesmo assim, na primeira vez em que levantar, o paciente ainda poderá ter tonturas, náuseas e vômitos, taquicardia, hipotensão postural, sudorese e mal-estar, os quais devem passar após as primeiras vezes.

Sempre haverá medicação para dor leve, moderada ou forte, e também em caso de náuseas ou vômitos. O paciente deve solicitar à enfermeira quando necessário.

Como a manipulação cirúrgica na zona de transição esofago-gástrica é significativa, e a região fica muito inchada, o paciente deve adotar dieta líquida e pastosa por quinze dias, retomando, após este período, sua alimentação normal. É recomendado, nos 60 dias iniciais, evitar alimentação de sólidos como carne e pão, de difícil passagem, e que podem causar sintomas como embuxamento ou refluxo (quando o alimento não é aceito pelo organismo). Passados os 60 dias, o paciente está liberado para comer de tudo.

Alta hospitalar

Geralmente, o paciente tem alta hospitalar no primeiro dia de pós-operatório, no final da manhã. Ele receberá instruções da equipe médica quanto a curativos e dores eventuais. Micropores são colocados sobre as incisões e devem permanecer ali até retorno do paciente ao cirurgião, dentro de sete a dez dias. Os micropores podem ser molhados durante o banho e secam no lugar. Se o paciente preferir, pode passar um secador no local.

O paciente pode caminhar à vontade (quanto mais caminhar, melhor). Pode subir e descer escadas, se abaixar, se esticar e dirigir o carro. Deve apenas evitar esforços físicos e esportes, como carregar peso, correr, nadar, fazer ginástica – pelo período de 60 dias.

Retorno às atividades

O paciente pode retornar ao trabalho quando estiver se sentindo bem. Geralmente, isso ocorre em uma semana; dependendo do tipo de trabalho do paciente, pode ocorrer em três dias. O limite da movimentação é a dor. Se não tiver dor, a pessoa pode realizar o que quiser.

Imagem Dr Luiz de Carli<br />

Dr. Luiz Alberto De Carli,
Cirurgia Bariátrica Robótica

Especializado em Cirurgia Bariátrica Robótica, Cirurgia da Obesidade
e Videocirurgia, com uma carreira de sucesso que abrange mais de
30 anos. Reconhecido por sua inovação e competência, Dr. Luiz tem realizado cirurgias pioneiras, sempre buscando as técnicas mais avançadas para oferecer o melhor cuidado aos seus pacientes.
Icone Pioneirismo na Cirurgia Bariátrica

Pioneirismo na Cirurgia Bariátrica

Entre os primeiros a implementar técnicas videolaparoscópicas e robóticas avançadas em cirurgia bariátrica no Brasil.

Icone experiencia internacional

Experiência Internacional

Participante ativo de cursos e conferências internacionais, aprimorando suas habilidades em centros de referência global.

Icone Contribuição academica

Contribuição Acadêmica

Autor de diversas publicações científicas e palestrante em eventos de destaque na área da cirurgia bariátrica e laparoscópica.

Grupo de WhatsApp

Faça parte do Grupo de WhatsApp dos pacientes do Dr. De Carli.

Entre em contato com a coordenação do grupo e solicite sua inclusão:

  • Psic. Ana Paula Fontanari
    (51) 998 666 753
  • Adriana Duarte
    (51) 991 692 949
  • Alex Carvalho
    (51) 992 006 826
Ícone comunidade
Imagem destaque ebook Dr Luiz de Carli

Manual de Cirurgia Bariátrica
do Dr. Luiz Alberto De Carli

Criado para auxiliar cirurgiões e equipes multidisciplinares com orientações práticas e objetivas sobre todos os aspectos do procedimento, desde a formação da equipe até o acompanhamento pós-operatório. Baixe agora e tenha em mãos um guia completo!

O manual descreve de maneira prática e objetiva todos os processos para chegar ao objetivo final: a saúde, o bem estar e a qualidade de vida do paciente bariátrico.

Dr. Luiz Alberto De Carli

Aplicação vetor esquerdo bariatrica Dr Luiz de Carli
Aplicação vetor direito bariatrica Dr Luiz de Carli
Imagem post 1 Dr Luiz de Carli
Imagem post 1 Dr Luiz de Carli
Imagem post 1 Dr Luiz de Carli

Siga o Dr. Luiz no Instagram para receber dicas de saúde e bem-estar

Cuide de Você!
Agende sua consulta com um especialista e comece uma nova jornada

Update cookies preferences