Herniorrafia Hiatal

(Correção de hérnia de hiato e refluxo gastro-esofágico)

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Informações Gerais

O que é?

Hérnia de hiato é a passagem do estômago para dentro do tórax através do hiato diafragmático, uma membrana muscular que divide o tórax do abdômen e possui um orifício pequeno por onde passa o esôfago. Quando este orifício está mais alargado do que o habitual, o que significa uma alteração anatômica, parte ou grande parte do estômago passa para dentro do tórax.

Geralmente, a DRGE – Doença do Refluxo Gastro-Esofágico – é provocada por uma alteração do funcionamento da válvula cárdia (situada entre o esôfago e estômago). A válvula cárdia é um esfíncter por onde ocorre a passagem do alimento que desce do esôfago em direção ao estômago – uma de suas funções é impedir, após a passagem, o retorno dos alimentos líquidos ou sólidos.

Quando esta válvula não funciona bem, principalmente pela presença da hérnia de hiato, ocorre o refluxo gastro-esofágico com maior ou menor intensidade. Com isso, o ácido do estômago passa para o esôfago e até mesmo para a boca, provocando queimaduras e inflamações ao longo do trajeto. A inflamação da mucosa do esôfago se chama esofagite, e pode ser de leve até severa intensidade, com ulcerações em sua parede interna.

Sobre a Cirurgia

Indicação cirúrgica

Indicada para pacientes com sintomas de Doença do Refluxo Gastro Esofágico: azia intensa; refluxo de líquidos até a boca ou garganta; dor ao nível da boca do estômago; pacientes em tratamento clínico sem sucesso, ou em tratamento clínico com sucesso, mas que não queiram mais usar medicações; portadores ou não de hérnia de hiato.

A indicação da cirurgia deve ser discutida com o médico, que avaliará os sintomas e os tratamentos usados até o momento pelo paciente. São necessários vários exames: endoscopia digestiva alta, esofagomanometria e PH metria.

Marcação da cirurgia

Normalmente, a cirurgia é marcada para dia escolhido por cirurgião e paciente. São necessários exames laboratoriais e avaliação cardiológica pré-operatória para a realização da cirurgia com segurança.

Internação hospitalar

O paciente é internado uma hora antes da cirurgia, em jejum de, no mínimo, oito horas, inclusive sem água. O procedimento é realizado sob anestesia geral.

A cirurgia varia de uma a duas horas, dependendo das condições locais e do tamanho da hérnia de hiato. Em 99% dos casos, pode ser realizada por videolaparoscopia ou robótica(melhor visualização em 3 Dimensões,maior precisão e maior  segurança), Em apenas 1% dos casos é necessária a conversão (passagem da cirurgia de videolaparoscopia para a convencional – aberta).

Cirurgia

São feitas cinco incisões: uma de 1 cm acima da cicatriz umbilical (por onde é colocada a câmera que oferece ao cirurgião, pelo monitor, uma visão em HD-alta definição com 20 vezes de aumento e iluminação potente), outra de 5 mm na altura da boca do estômago e outras tres de 5 e 10 mm logo abaixo das costelas à direita e à esquerda, respectivamente, por onde são colocadas pinças para dissecção. O abdômen é insuflado com gás carbônico para que o cirurgião possa enxergar dentro da cavidade abdominal.

Após a identificação da hérnia hiatal, é realizada sua redução, isto é, retira-se a parte do estômago que estava dentro do tórax. Esta é a parte mais delicada da cirurgia, e seu tempo de duração depende do tamanho da hérnia.

A seguir, os pilares diafragmáticos são fechados com pontos de sutura, calibrando a passagem do esôfago através do hiato diafragmático com uma sonda interna no esôfago, evitando que fique muito apertado e para que o estômago não volte mais ao tórax.

É liberado, após, o fundo gástrico para a formação de uma nova válvula que impeça o refluxo gastro-esofágico. Utilizando o próprio estomago que é suturado em torno do esôfago com uma sonda interna no esôfago, evitando que fique muito apertado. Cada vez que o alimento encher o estômago, haverá um ajuste na válvula gástrica impedindo o refluxo.

Ao final do procedimento, retira-se o gás carbônico.

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Pós-Operatório

Após a cirurgia, o paciente fica na sala de recuperação por três a quatro horas, acompanhado diretamente por uma enfermeira. Quando acorda bem, é, então, liberado para o quarto.

No quarto, o paciente já terá condições de levantar e caminhar. Deve levantar bem devagar e em etapas: primeiro, elevar a cabeceira da cama, aguardar 15 minutos, sentar na cama com os pés para fora, aguardar mais 15 minutos, para, então, levantar – sempre com ajuda de alguém. Deve chamar a enfermeira para ajudá-lo. Mesmo assim, na primeira vez em que levantar, o paciente ainda poderá ter tonturas, náuseas e vômitos, taquicardia, hipotensão postural, sudorese e mal-estar, os quais devem passar após estas primeiras levantadas.

Sempre haverá medicação para dor leve, moderada ou forte, e também em caso de náuseas ou vômitos. O paciente deve solicitar à enfermeira quando necessário.

Como a manipulação cirúrgica na zona de transição esofago-gástrica é significativa, e a região fica muito inchada, o paciente deve adotar dieta líquida e pastosa por quinze dias, retomando, após este período, sua alimentação normal. É recomendado, nos 60 dias iniciais, evitar alimentação de sólidos como carne e pão, de difícil passagem, e que podem causar sintomas como embuxamento ou refluxo (quando o alimento não é aceito pelo organismo). Passado os 60 dias, o paciente está liberado para comer de tudo.

Alta hospitalar

O paciente tem alta hospitalar, geralmente, no primeiro dia de pós-operatório, ao final da manhã. Ele receberá instruções da equipe médica quanto a curativos e eventuais dores. Micropores são colocados sobre as incisões e devem permanecer ali até retorno do paciente ao cirurgião, dentro de sete a dez dias. Os micropores podem ser molhados durante o banho, pois secam no lugar. Se o paciente preferir, pode ainda passar um secador no local.

O paciente pode caminhar à vontade (quanto mais caminhar, melhor). Pode subir e descer escadas, se abaixar, se esticar e dirigir o carro. Deve apenas evitar esforços físicos e esportes, como carregar peso, correr, nadar, fazer ginástica – pelo período de 60 dias.

Retorno às atividades

O paciente pode retornar ao trabalho quando estiver se sentindo bem. Geralmente, isso ocorre em uma semana; dependendo do tipo de trabalho, pode ocorrer em apenas três dias.

O limite da movimentação é a dor. Se não tiver dor, a pessoa pode realizar o que quiser.

Vídeos

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Dr. Luiz Alberto De Carli,
Cirurgia Bariátrica Robótica

Especializado em Cirurgia Bariátrica Robótica, Cirurgia da Obesidade
e Videocirurgia, com uma carreira de sucesso que abrange mais de
30 anos. Reconhecido por sua inovação e competência, Dr. Luiz tem realizado cirurgias pioneiras, sempre buscando as técnicas mais avançadas para oferecer o melhor cuidado aos seus pacientes.
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Pioneirismo na Cirurgia Bariátrica

Entre os primeiros a implementar técnicas videolaparoscópicas e robóticas avançadas em cirurgia bariátrica no Brasil.

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Participante ativo de cursos e conferências internacionais, aprimorando suas habilidades em centros de referência global.

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Autor de diversas publicações científicas e palestrante em eventos de destaque na área da cirurgia bariátrica e laparoscópica.

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