Tipos de Cirurgia

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Restritivas

São aquelas que restringem a alimentação através da diminuição do tamanho e do volume do estômago. Como resultado, a pessoa passa a se alimentar em moderadas quantidades, emagrecendo sem sentir fome.

“Sleeve Gastrectomy” ou Gastrectomia Vertical

Robotic Sleeve Gastrectomy
Imagem-interna-tipos-de-cirurgia-da-obesidade-Sleeve-GastrectomyA Sleeve Gastrectomy é uma nova técnica cirúrgica desenvolvida pelo Dr. Michel Gagner, cirurgião canadense radicado em Nova Iorque. Gagner, considerado o maior cirurgião laparoscópico do mundo, realizou mais de 4000 cirurgias laparoscópicas para obesidade mórbida e apresentou conferências sobre o tema ao redor do mundo.

Também conhecida por vários outros nomes com a mesma técnica: Cirurgia de Redução Gástrica e Gastroplastia.

É realizada uma secção longitudinal do estômago, com a retirada de grande parte do estômago reduzindo significativamente o volume do mesmo.

É uma cirurgia que está crescendo muito em frequência no mundo pelos resultados de perda de peso que são muito próximos ao ByPass Gástrico sem as desvantagens de perda de vitaminas, ferro, ferritina e outros, porque não há um desvio do intestino delgado. 

Atualmente mais de 50% das cirurgias bariátricas nos EUA são  de  Sleeve Gastrectomy.

Vantagens:

Procedimento rápido, geralmente em torno de 1 h. Pode ser realizado por videolaparoscopia ou  robótica(melhor visualização em 3 Dimensões, maior precisão e maior  segurança), e com pouco tempo de internação hospitalar (geralmente 2 dias).

O paciente, obedecendo às orientações da equipe multidisciplinar, se alimenta com variedade: pode comer de tudo, mas em pequenos volumes. Com a vantagem de não ter fome porque o estômago está diminuído. Não ocorrem perdas consideráveis de cálcio, ferro, vitaminas e outras; afinal, tudo o que ele come é absorvido.

Desvantagem:

Dificuldade, em alguns casos, com a aceitação da carne de gado – que parece mais difícil de ingerir, provocando, no paciente, a sensação de plenitude gástrica. Isso, porém, não impede a ingestão desse tipo de alimento.

Risco de surgimento ou piora dos sintomas de Refluxo Gastro Esofágico e necessidade de uso contínuo de medicamentos para estes sintomas ou reoperação.

Resultados:

Muito efetiva. Redução entre 80% e 100% do excesso de peso ao longo de um ano, desde que se tenha acompanhamento da equipe multidisciplinar.

Complicações:

  • Estreitamento do tubo gástrico(estenose), que pode ocorrer em torno de 5% dos casos. Isso não demanda nova cirurgia, porque é realizada a dilatação por endoscopia em uma ou algumas sessões.
  • 0,01% de mortalidade, isto é, de cada 10.000 pacientes operados, um pode morrer em decorrência da cirurgia, sendo as principais causas:
    • Embolia pulmonar. É o deslocamento de um coágulo formado nos membros inferiores, porque o obeso tem maior dificuldade de circulação nas pernas. A prevenção é realizada com o uso de anticoagulante no dia anterior à cirurgia e 7 dias no pós opertório e de meias elásticas nos membros inferiores no dia da cirurgia. Também devem ser usadas botas especiais para bombear o sangue durante a cirurgia.
    • Deiscência (abertura) das suturas realizadas no estômago, ocorrendo um vazamento do líquido gástrico para dentro da cavidade, o que ocasiona peritonite, infecção e possibilidade de reintervenção cirúrgica.

Mistas

São aquelas que restringem a alimentação através da diminuição do tamanho do estômago, associando um desvio de alimento em torno de um metro do trânsito intestinal, o que diminui a absorção. A pessoa se alimenta com volumes muito pequenos, emagrece significativamente e não sente fome.

Cirurgia de Capela ou Bypass Gástrico (Redução de Estômago)

Bypass gástrico robótico com gastrectomia

Imagem-interna-tipos-de-cirurgia-da-obesidade-Cirurgia-de-Redução-de-EstômagoTambém conhecida por vários outros nomes com a mesma técnica: Cirurgia de Redução Gástrica, Gastroplastia, Cirurgia de Fobbi-Capela, Bypass Gástrico, Cirurgia de Wittgrove ou Clark.

É a cirurgia mais praticada no mundo (cerca de 90% do total das cirurgias bariátricas). São usadas várias terminologias para designá-la: Cirurgia de Redução Gástrica, Gastroplastia, Cirurgia de Capela, Cirurgia de Fobbi-Capela, Bypass Gástrico, Cirurgia de Wittgrove ou Clark.

Vantagens:

Procedimento rápido, geralmente em torno de 1 h. Pode ser realizado por videolaparoscopia ou  robótica(melhor visualização em 3 Dimensões, maior precisão e maior  segurança), e com pouco tempo de internação hospitalar (geralmente 2 dias).

O paciente, obedecendo às orientações da equipe multidisciplinar, se alimenta com variedade: pode comer de tudo, mas em pequenos volumes. Com a vantagem de não ter fome porque o estômago está diminuído. Não ocorrem perdas consideráveis de cálcio, ferro, vitaminas e outras; afinal, tudo o que ele come é absorvido.

Desvantagem:

Dificuldade, em alguns casos, com a aceitação da carne de gado – que parece mais difícil de ingerir, provocando, no paciente, a sensação de plenitude gástrica. Isso, porém, não impede a ingestão desse tipo de alimento. 

A longo prazo, se o paciente não fizer a dieta indicada pela nutricionista e equipe multidisciplinar pode ter deficiência de ferro, anemia, outras vitaminas e sais minerais.

Resultados:

Muito efetiva.Redução entre 80% e 100% do excesso de peso ao longo de um ano, desde que se tenha acompanhamento da equipe multidisciplinar.

Complicações:

  • Estreitamento da anastomose gastro-entero (passagem do estômago para o intestino), que pode ocorrer em torno de 5% dos casos. Isso não demanda nova cirurgia, porque é realizada a dilatação por endoscopia em uma ou algumas sessões.
  • 0,01% de mortalidade, isto é, de cada 10.000 pacientes operados, um pode morrer em decorrência da cirurgia, sendo as principais causas:
    • Embolia pulmonar. É o deslocamento de um coágulo formado nos membros inferiores, porque o obeso tem maior dificuldade de circulação nas pernas. A prevenção é realizada com o uso de anticoagulante no dia anterior à cirurgia e 7 dias no pós opertório e de meias elásticas nos membros inferiores no dia da cirurgia. Também devem ser  usadas botas especiais para bombear o sangue durante a cirurgia.
    • Deiscência (abertura) das suturas realizadas no estômago e intestino, ocorrendo um vazamento do líquido gástrico para dentro da cavidade, o que ocasiona peritonite, infecção e possibilidade de reintervenção cirúrgica.

Banda Gástrica

Imagem-interna-tipos-de-cirurgia-da-obesidade-Banda-GástricaÉ colocada uma fita de silicone em volta da porção mais alta do estômago, de modo que se reduza o volume de alimentos que passa, gradualmente, para o restante do órgão. Existe a possibilidade de ajuste da fita através de um mecanismo de instilação de soro fisiológico colocado no subcutâneo do paciente, para que, assim, se diminua ou aumente a passagem do alimento.

Vantagens:

O procedimento é rápido. Pode ser realizado por videolaparoscopia ou  robótica(melhor visualização em 3 Dimensões, maior precisão e maior  segurança), e com pouco tempo de internação hospitalar (geralmente 24 horas). A banda gástrica pode ser retirada quando o paciente quiser.

Complicações:

Migração da banda gástrica para cima, para baixo ou para dentro do estômago, perdendo a função (o paciente não emagrece mais) e demandando sua retirada. Doença do refluxo gástro- esofágico e megaesôfago.

Resultados:

Relativa perda de peso.

Cirurgia de Mason

Imagem-interna-tipos-de-cirurgia-da-obesidade-Cirurgia-de-MasonCirurgia de Mason ou Gastroplastia Vertical Bandada: é a diminuição do estômago utilizando somente a secção do órgão ao nível de sua porção mais alta. Forma-se uma pequena câmara gástrica e coloca-se um anel de contenção em volta do estômago, reduzindo assim o volume de alimento ingerido.

Resultados:

Relativa perda de peso.

Complicações:

Comunicação (fistulização) entre as partes do estômago, perdendo a efetividade da cirurgia.

Disabsortivas

São aquelas cirurgias com um desvio considerável no trânsito alimentar, permitindo ao paciente comer grandes volumes e, mesmo assim, emagrecer. A razão disso é a má absorção do alimento, que passa por um segmento menor de intestino delgado. Muito usada para os pacientes chamados superobesos (IMC maior do que 50).

Cirurgia de Scopinaro

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Diminuição do volume gástrico, permitindo, no entanto, a ingestão de grandes volumes de alimento. É associada a um desvio do intestino delgado.

Vantagens:

Cirurgia para quem quer comer grandes volumes sem maiores restrições.

Desvantagem:

Pode ocorrer diarréia frequente e odor bastante fétido nas fezes e gases intestinais. Perda de componentes essenciais ao organismo ao longo do tempo, o que exige controles laboratoriais periódicos para aferição e reposição desses elementos. Demanda uma alimentação rica em proteínas. Perda de peso exagerada.

Complicações:

As mesmas descritas na Cirurgia de Capela.

A longo prazo, se o paciente não fizer a dieta indicada pela nutricionista e equipe multidisciplinar pode ter deficiência de ferro, anemia, outras vitaminas e sais minerais. Incluindo desnutrição.

Resultados:

Perda significativa de peso ao longo de um ou dois anos.

Cirurgia de Switch Duodenal

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É um aprimoramento da cirurgia de Scopinaro: utiliza o mesmo procedimento de Scopinaro, porém desvia pelo duodeno para que os alimentos passem do estômago ao intestino mais lentamente, causando menos disabsorção.

Vantagens:

Cirurgia para quem quer comer grandes volumes sem maiores restrições. Menor risco de diarréia frequente e odor nas fezes.

Desvantagens:

As mesmas descritas na Cirurgia de Scopinaro.

Complicações:

As mesmas descritas na Cirurgia de Capela.

Resultados:

Perda significativa de peso ao longo de um ou dois anos.

Cirurgia de Payne ou Bypass Jejunoileal

Diminuição da absorção dos alimentos pelo desvio do intestino delgado, deixando um segmento muito pequeno de absorção dos alimentos. Com isso, o paciente tem déficit de vitaminas, cálcio, ferro e outros, podendo emagrecer exageradamente. É uma cirurgia proscrita pelo Conselho Federal de Medicina porque traz sérios riscos ao paciente ao longo do tempo.

Todas estas cirurgias devem ser discutidas com o cirurgião e a equipe multidisciplinar, para que se escolha a que melhor se adapta ao paciente. O paciente, por sua vez, deve estar a par de tudo o que vai acontecer no pós-operatório e de todos os riscos e complicações do procedimento. Ele deve entender que a cirurgia é um instrumento para ajudá-lo a perder peso, e isso envolve a aceitação de mudanças de hábitos alimentares (não comer doces, por exemplo), além da orientação e acompanhamento da equipe multidisciplinar.

Todas as informações e indicações acima apresentadas são meramente didáticas, resumidas e estão sujeitas a reavaliação pela equipe multidisciplinar e podem ser ajustadas de acordo com cada caso.

Imagem Dr Luiz de Carli<br />

Dr. Luiz Alberto De Carli,
Cirurgia Bariátrica Robótica

Especializado em Cirurgia Bariátrica Robótica, Cirurgia da Obesidade
e Videocirurgia, com uma carreira de sucesso que abrange mais de
30 anos. Reconhecido por sua inovação e competência, Dr. Luiz tem realizado cirurgias pioneiras, sempre buscando as técnicas mais avançadas para oferecer o melhor cuidado aos seus pacientes.
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Pioneirismo na Cirurgia Bariátrica

Entre os primeiros a implementar técnicas videolaparoscópicas e robóticas avançadas em cirurgia bariátrica no Brasil.

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Experiência Internacional

Participante ativo de cursos e conferências internacionais, aprimorando suas habilidades em centros de referência global.

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Contribuição Acadêmica

Autor de diversas publicações científicas e palestrante em eventos de destaque na área da cirurgia bariátrica e laparoscópica.

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